fevereiro 08, 2004

Dom

Dom de ser maravilhoso. Assim resumo Machado de Assis. Indefinível. Assim defino o romance Dom Casmurro do mestre.

Hoje em dia, cinema e literatura estão lá, caminhando juntinhos. Não sei se por falta de criatividade dos roteiristas de plantão ou até mesmo pelo contrário – talento -, muitos cineastas estão transformando grandes obras literárias em filmes. No Brasil, o escritor preferido para ter suas obras transformadas pela sétima arte é o nosso grande Machadinho. Acabo de ver Dom, uma adaptação do romance mais famoso da literatura brasileira.

O romance? Maravilhoso. Perfeito em cada detalhe. Sensível. Inovador. Universal. O filme? Não chega a ser uma super produção, mas, para quem leu a obra, permite uma certa emoção. Dá uma saudade das belas palavras do nosso gênio literário...

É interessante ver a literatura nas telonas. Os americanos estão sempre testando essa técnica. As mais inusitadas foram Harry Potter e Senhor dos Anéis. Confesso que tentei ler o bruxinho do século XXI, mas não tive muita paciência. O filme não merece grandes comentários, mas não é tempo perdido dar uma paradinha para vê-lo. Ao menos pela pipoca.
Já a saga do anel dark merece ser assistida. Imagino que a leitura seja lá uns quinhentos por cento mais prazerosa.

Claro que, por mais fascinante que seja o mundo do cinema, jamais substituirá o prazer que se tem ao ler um bom livro. Sem comparação. Mas, por outro lado, ver bons escritores sendo homenageados desta forma pela sétima arte, faz com que a proliferação da literatura ganhe novos rumos. Escritores consagrados como Machado de Assis agradecem lá de cima e nós, amantes literários, agradecemos daqui de baixo.

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