março 22, 2006

Auto-compreensão

Tudo o que eu queria era ter em mim ausência total de alguns sentimentos e presença constante de outros, de modo que tudo que eu faça não seja egocêntrico demais, a ponto de satisfazer somente a mim, e nem egoísta demais, a ponto de satisfazer somente aos outros.

Tudo o que eu queria era fugir desse triângulo, mesmo que a minha condenação fosse superficial demais e a minha pena fosse jamais desenvolver algo que seria tão bonito enquanto durasse.

Tudo o que eu quero é que minhas palavras soem genuinamente sinceras, ao passo que a força e verdade que em nelas há, faça com que minha dignidade se fortaleça a cada olhar lançado sobre o que eu digo.

Estou de volta ao meu mundo. Saúde!

março 20, 2006

Ao mestre com carinho (ele, o tempo!)

A subjetividade tem falado em meu nome ultimamente. Fazia tempo que não me sentia assim. É paradoxal, mas estes momentos são os que mais me proporcionam um auto-conhecimento. A vida me faz professora e aluna ao mesmo tempo e eu fico pra cima e pra baixo com um caderninho nas mãos, anotando as observações mais importantes. É como seu eu saísse do estágio de aprender com os erros dos outros e passasse a aprender com os meus próprios erros. Sim, eu os reconheço aqui e ali, às vezes, de mãos dados erros alheios. Mas isso não importa mais.


Eu me acerto

(Zélia Duncan)

Não pensa mais nada
No final dá tudo certo de algum jeito
Eu me acerto, eu tropeço
E não passo do chão
Pode ir que eu agüento, eu suporto a colisão
Da verdade na contramão
Eu sobrevivo
E atinjo algum ponto
Eu me apronto pro dia seguinte
Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma