junho 23, 2008

Parei pra pensar um dia desses sobre a complexa insistência de andar por aí procurando um amor. O mundo anda tão cheio de gente e possibilidades que, de tanto tentar e esperar e começar de novo, inexplicavelmente, nos vemos sozinhos. E a busca continua. Tentativas pra todos os lados. Sorrisos indecifráveis pra pessoas indiferentes. Beijos entre línguas sem identidades. Sem sentimentos. A receita, bem estranha, diga-se de passagem, consiste em driblar a solidão com ela mesma... a própria solidão. Depois, voltamos pras nossas casas, aos nossos travesseiros, com o mesmo dilema de sempre: amor, aonde está você?

Por que as pessoas estão sempre à procura de um amor? E quando elas o tem, por que insistem em tornar as coisas tão complicadas, como se num pretexto para voltar à estaca zero?

Por que, se lemos um livro, a temática é amor? E se ouvimos uma música, idem? Por que, se pensamos em felicidade, nos remetemos à nossa cara metade? Mesmo sem ter a mínima idéia de quem seja ela. Por que, se mesmo tão presente, o amor é tão ausente?

É. Eu também não sei.

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