março 29, 2007

conversando com uma amiga outro dia, perguntei eufórica: "cara, você viu o saia justa da última quarta?". ela, com aquele olhar de quem libera pensamentos do tipo "só a juliana mesmo, pra vir com esses assuntos", lançou enoooormes explicações dizendo que até assiste ao programa, mas somente quando a mulherada se dá ao sensato trabalho de ao menos ouvir o que a outra está falando, sem prosear ao mesmo tempo. poxa vida, mas não é esse o verdadeiro lance do programa? - pensei. e então eu descobri porque gosto tanto do dito: sou mulher. sou igualzinha a todas elas. tenho um quê ridículo de beth lago. tenho aquele ar de surreal da marcia tiburi. sou provida, vez ou outra, de momentos sérios como a mônica. e sou meio pseudo-intelectual igual à maitê. okay, me falta um pouco de modéstia também, mas aí já estou falando do lado juliana mesmo. ocorre que o saia justa, na minha opinião, é um dos melhores programas que a tevê exibe ultimamente. tem muita babaquice, é verdade, mas também há um super interfone ligado ao mundo. você se sente na sala da sua casa, falando com suas amigas. ou numa mesa de bar. discute-se política, sociedade, literatura, música, mulherices, etc etc etc. e não tem nada melhor do que falar de tudo isso munida de um certo pesar, mas ainda assim com humor. ultimamente tem sido assim: eu choro com os telejornais, limpo as lágrimas, espero a noite chegar, ligo a tevê e morro de rir com o saia justa.

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