janeiro 29, 2005

Alguém aí me ouve? Eu queria falar. Queria falar dos erros que desconheço, aqueles que, se soubesse da existência, jamais teria libertado da prisão. Daqueles que até ouvi gritar meu nome como uma sinfonia sombria, bem ao longe, mas que eu fingi não ouvir e confundi com uma desgraça qualquer que não estava ao meu alcance. Aqueles erros que chegam sem bater, entram sem pedir licença, colocam o pé no seu sofá e ri da sua cara, como se você fosse de fato uma piada, como se rir fosse um seriado engraçado daqueles que continuam no dia seguinte e no dia seguinte e que chegam até a encher, tendo um fim inesperado, num momento jamais imaginado, talvez, encoberto por outro erro. Erros que te deixam com vontade de chorar, de sair correndo, de ignorar a melancolia, que nem um beijo molhado te faz esquecer. Erros que, como o próprio nome já diz, são erros. Erros... Erros.. Erros...

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