janeiro 27, 2005

A quantas anda a maturidade do Brasil?

Responsabilidade, hoje em dia, está muito aliada à questão de maturidade que alcançamos com o passar dos anos. Está, ainda, estigmatizada à função histórica do ser homem e ser mulher, mesmo com suas controversas.

A mulher, por si só, já amadurece primeiro; a menstruação e o crescimento dos pêlos púbicos acabam antecedendo o crescimento dos pêlos faciais e o engrossamento da voz no homem. Depois, vem a questão da maioridade: até há pouco tempo, o homem se tornava maior aos 18 anos; a mulher, aos 21. Hoje, talvez pela afirmação do papel feminino na sociedade, a questão da maioridade está padronizada. O homem e a mulher assumem sua maioridade cívica aos 18 anos.

Historicamente, socialmente e até logicamente falando, deveria ser assim. Mas como não "entrar em parafuso" quando ligamos a televisão e vemos crianças de 8 e 9 anos de idade cuidando dos irmãos menores e dos afazeres domésticos, enquanto a mãe trabalha fora? Ou, então, trabalhando em zonas rurais, carvoarias e lixões paragarantir o sustento da família? Sim, crianças iguais as que você tem na família e que deveriam estar na escola, atribuindo a sua maturidade ao ato de simplesmente ser criança.

E o Brasil, você e eu nessa história toda? Às vezes, fico pensando naquele adolescente que freqüenta uma escola pública e que não se dá conta das oportunidades que tem em mãos. Penso nos pais destes adolescentes, que não atribuem a devida responsabilidade para o problema. E lamento pelos educadores que vêem seus aprendizados acadêmicos se escoarem pelos vidros quebrados das escolas aonde lecionam.

Há pouco tempo, falei neste espaço da questão da revolução e reafirmo: os jovens de antigamente sabiam detectar os problemas e correr atrás da solução, mesmo que esra se tornasse um problema ainda maior. As pessoas sabiam pensar coletivamente.

Hoje, no entanto, vejo uma juventude com visões míopes. Diante dos meus olhos, o Brasil - um gigante adormecido e imaturo.

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