fevereiro 09, 2007

Após cervejas, lamentos e muitos risos, a vida parece que fica mais leve. Não leve no sentido de que o álcool seja um grande brutamontes afastador de problemas perigosos que a gente tem quando normalmente está sóbria. Mas no sentido de deixar a mente predisposta a entender o mundo interior, refletido como num espelho no mundo exterior. Ou vice-versa, não sei ao certo. A questão é que aquelas cervejas entraram em mim com o ilustre objetivo de me trazer de volta ao meu mundo, aquele que eu quis, depois não quis mais e que agora quero de novo. Não importa. É o meu mundo. Com oxigênio do bom, mergulhei num passado do qual eu tinha me esquecido. No tempo que eu escrevia melhor, tinha idéias bacanas e não tinha medo de sair escrevendo. Tempo que a Clarah era minha ídala e a Maria Rita ocupava um lugar semelhante ao da Zelinha. Tempo que eu era mais crítica e tinha as idéias melhor organizadas. Tempo que eu me recusava sofrer do coração e não levava a vida tão a sério. Tempo que eu conquistava amigos com uma facilidade inenarrável. Tempo que eu não tinha uma montanha de contas a pagar e via meu empreogo como o maior desafio da minha vida. Tempo que eu dizia que escreveria um livro e me jogava de corpo e alma nessa idéia. Tempo que eu surpreendia facilmente. Tempo que este blogue sequer existia. Agora eu vejo o tempo atual e não consigo entender como congelei desta forma. Tenho que sair à procura do meu idealismo político, do meu ritmo literário. Tenho que encontrar novos ídolos, absorver mais experiências. Espera aí, acho que estou me achando. Será?

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