setembro 17, 2007

um adeus

assim, tem dias que eu acordo e percebo a dor sem a delícia de envelhecer. tem o contrário também - a dor com a delícia -, mas esta não me aflige no momento. abro o olho, levanto, vou lá, sento na frente do mesmo computador e, olhando pro mesmo monitor, digito aquele endereço que é diferente, mas que é igual. e hoje eu não acho legal. não mais como há cinco anos. isso me deprime porque eu queria ler tudo isso, dar um suspiro e soltar um "caralho, como ela é foda". mas não dá. porque eu não acho mais isso. e fico me martirizando porque eu não sei se eu mudei ou se foi ela quem mudou. e arranco os pêlos dos meus braços só de pensar que pode ter sido nós duas. é. no fundo, eu sei que foi isso. mas por que é tão estranho você constatar o que não gostaria? as coisas chegam, são contra tudo o que você tem aí na bagagem e pronto. é assim. será que eu fiquei brega? eu ainda concordo que ela é visceral, mas acho que se alimentou de mais da marra de viver. hoje, isso não faz sentido aqui, não. e sabe qual é o meu medo? que isso não faça mais sentido pra um montão de gente. sim. porque é agora que ela vai dar o que falar. deus, ela já está temendo isso. mas eu lhe desejo sucesso, seja lá por qual meio ou essência isso se dê. só quero que ela cause na meninada tudo o que causou em mim. não só a mania de escrever sem dinstinção de maiúsculas, mas a desvergonha (isso mesmo), de sair por aí se virando do avesso e mostrando pros outros o que você é por dentro. sem medo. sem pudor. sem nada. simplesmente fazer, guiada pelo impulsivo espírito de ser o que se é. às vezes, isso faz tão bem que eu sou incapaz de traduzir em palavras essa significância. e eu apenas gostaria que ela soubesse o quanto eu sou grata por tê-la encontrado neste cyberespaço. se eu tivesse a oportunidade, diria que, mesmo não me identificando mais, jamais cairia no mal gosto de criticar sua essência. a todos, me ouçam bem: essência não se critica! ouviram bem? ou você se identifica ou você abstrai. é isso. hoje estou abstraindo. não quero ficar mal por isso. e, se algum dia eu estiver na condição de citar referências, não tenha dúvidas, querida, você será a primeira. e não me importa se você está ou não cagando pra isso. porque eu também não estou.

good lucky!

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