setembro 19, 2005

A luz da estrela mais linda que sorri em sua constelação

Como expor certas coisas sem parecer clichê? Dizer e redizer tudo o que já foi dito pelos outros sobre esse tipo de coisa que poderia ser tão bem dita por você mesma? Nessas horas, se arrepender é fácil e quase imprescindível. Rever certos conceitos também. Mas é inevitável não ser hipócrita e não enxergar a covardia que brota dos poros. Milagres existem? Estão por aí? Ofereço tudo o que tenho por um deles. Aceito empréstimo, consignação, permuta ou qualquer outra proposta que faça isso acontecer de uma vez. Que faça ser tão perfeito como espero que seja, que, assim como estas palavras que saem facilmente, simplesmente aconteça. Aconteça e faça brilhar essa mágica que me faz desligar do mundo e esquecer de certas importâncias. É forte, muito forte. E está começando a doer. Meu medo é que isso vá além do que parece possível. E se não for possível eu suportar? Não suportar também é clichê? Danem-se os clichês! Aos diabos com os medos! Uma gota de coragem e é tudo. Tudo para trazer sol às trevas. E eu só gostaria de saber como isso aconteceu. Veio assim, sem avisar. Do nada! E não está me levando à nada senão às expectativas de quem espera sentada. De quem em sua espiritualidade ainda acredita em milagres. De quem, mesmo diante de toda grandiosidade, insiste em não aceitar. De quem nunca sentira isso antes. De quem nunca mais vai rir ou duvidar ou julgar. Será que isso é? E agora?

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