junho 28, 2005

Ânsia

Questionamentos.
próximos, distantes;
comuns, insensatos;
sutis, paralelos;
incertos, exatos.
Paradoxais.

Tal qual a incompreensão da música de fundo.
Tal qual o objetivo que nasce em minh'alma
E morre por tanto querer ser objetivo.

À minha frente, gente.
Ao meu lado, gente.
Em minha vontade de fuga, gente.
O querer ficar, gente.

Questionamentos afoitos.
Daqueles de querer arrancar o que está bem aqui.
O que jamais se teve certeza de que realmente esteve ali.
De querer destruir o auto-falante de onde ecoa
Essa voz concentrada
Que insiste em me desconcentrar.

Daqui pra frente, amanhã.
Vontade de dormir, amanhã.
Sede de seguir, amanhã.
Despedir, talvez, amanhã.

Questionamentos aspirantes.
Iguais aos botões de rosas do jardim -
Aqueles que pensaste ser azuis.
Iguais, sim, à música que toca agora.
Bendito seja o som que nunca ouvi
E que me trará todas as respostas.

Revelar o que se vê, amor.
Sustentar o que se sente, amor.
Desvendar o desconhecido, amor.
Ser o que se é, amor.

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