março 05, 2009

Entre borboletas e urubus

dio santo! há até pouco tempo, eu era daquelas que dormia de meia e edredon, não importasse o calor que fizesse. não, não residia no nordeste. minha morada sempre foi em dijá mesmo - ou diadema city, como preferir. até que me mudei pra um apartamento fresquinho, todo branco, calmo por dentro e barulhento por fora, para que os sintomas da menopausa aflorassem em plenos 20 e poucos anos. ok, nada de menopausa. a pergunta que assola a rapaze são paulo afora é "que calor infernal é esse"?

bastou o calor para que meus hábitos invernísticos se fossem de vez. passei a domir de calc****** e, ops!, sem meias. pra completar as sessões refrescantes, passei a abrir a janela também. funcionou bem por alguns dias até que, na noite passada, uma visita não convidada, não imaginada e muito mal vinda, diga-se de passagem, resolveu aparecer. eu lá, vendo "onde os fracos não tem vez" dublado, quase me convencendo a ir dormir sem escovar os dentes, luzes ainda acesas e... o ser voador gigante adentra pela janela em minha direção.

depois de uma sucessão de gritos e coisas esparramadas pelo quarto e pisadas pelo chão, minha mãe decidiu vir ser a forte vez e me socorrer. sem entender direito o que acontecia, batia com um pano nos móveis do quarto, revistas e todos os lugares por onde o monstro poderia ter decidido pousar. a essas alturas, a janela estava fechada e minha mãe não encontrava o você-sabe-quem que decidira passar a noite comigo, como se fosse fácil e permitido qualquer um chegar assim pra me fazer companhias noturnas.

depois de muito procurar e eu apenas observar com os cabelos arrepiados na porta, ela jogou os panos e decidiu que não havia nada. tudo poderia ter sido fruto do filme que eu estava vendo. me deu boa-noite e disse que a chamasse caso o você-sabe-quem aparecesse. se eu consegui dormir? vencida pelo sono, sim, mas com pesadelos com seres voadores, lógico.

enquanto tomava meu café-da-manhã e assistia ao jornal, minha mãe senta-se ao meu lado e comenta que eu estava fazendo um escândalo por conta de uma borboleta - imaginem! - enquanto havia condomínios em situações piores, cujos apartamentos eram divididos com urubus. você entendeu direitinho, eu disse u-ru-bus que, ainda por cima, são protegidos pelo ibama e não podem ser expulsos.

pode uma coisa dessas!?

está decidido. a partir de agora, dormirei com a janela lacrada. senão, daqui a pouco uma cegonha adentrará voando e eu não terei nem como contestar.

ops, brincadeirinha!
A volta de quem nunca foi

É, pessoal, eu sempre me vou sem de fato ir. Acho que isso tem muito a ver com os momentos que vivemos. Muitas vezes, sem perceber, a gente acaba dedicando tempo e atenção para outras coisas ou outras pessoas porque, por natureza, a vida pede isso de você. Isso não acontece necessariamente por frustrações ou coisas do gênero, mas, talvez, por adaptações.

De repente, você consegue equilibrar as coisas sem o risco de se desapegar do que é importante. Creio que cheguei a este ponto e, não sei bem, mas acho que vai dar certo. Voltei a minha atenção às filosofias da vida e conseguirei organizar meus pensamentos por aqui.

Para oficializar este retorno, usei do meu impulso para dar uma cara nova ao Proseando. Melhor dizendo, usei beeem pouquinho porque, se realmente tivesse adaptado as minhas idéias, teria menos visitas do que realmente tenho.

Por isso, um viva e um obrigada especial à Carol, que impediu que eu utilizasse as minhas habilidades de designer para o bem de todos nós.

Que nossas prosas sejam prazerosas e, aproveitando a proposta artística, que tudo fique assim, tudo azul!