março 24, 2008

Ai daqueles
(Paulo Leminski)

ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram que a mágoa nova
virasse chaga antiga
ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é feito pão em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não por que não tem asa.

março 14, 2008

"cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".

está certo. não tem nada mais demodê que ficar citando caetano veloso em blogs, mas preciso começar este discurso com exatamente esta frase. aos que se incomodarem, o meu sincero 'sinto muito' e, aos que se apresentarem sensíveis aos dizeres universais, meus sensíveis cumprimentos.

acordei meio perceptiva hoje. poderia seguir os caminhos convencionais e ir atrás de um horóscopo qualquer. mas como não me considero uma pessoa de práticas e pensamentos convencionais, recorro aos meus próprios devaneios para, assim, tentar me entender. e tentar também não despensá-los em pessoas que possam por ventura não merecer os reflexos dos meus pensares impulsivos. sim, estou na TPM. e como é de costume nestes momentos, me permito certas práticas anti-juliana, incluindo a utilização deste espaço para momentos de 'meu querido diário'. estamos no segundo parágrafro. se está achando monótono demais, sugiro que pare sua leitura por aqui. isso não é um pedido de ajuda, pelo contrário, estou apenas liberando alguns... seja lá o que for isso. no fim, apenas eu me satisfarei, estamos entendidos?

ok, não estou dizendo nada com nada. veja o histórico dos meus escritos e os períodos com que eles tem aparecido e verficará que ultimamente não tenho tido muita coisa a dizer mesmo. acho que preciso de um momento comigo mesma ou acho que definitivamente eu não tenha nascido para socializar. ou pode ser o contrário: quando você socializa demais, acaba cometendo excesso e escassês, tudo ao mesmo tempo.

toda essa introdução foi pra dizer que isso aqui é uma libertação. menti o tempo todo dizendo que não era hipócrita. ouçam todos: MENTIRA! eu era hipócrita, sim. saía por aí aconselhando a torto e à direita, como se fosse um padre, uma psiquiatra e uma mãe-de-santo - tudo no mesmo corpo. não era nada disso. eram apenas as minhas convicções camufladas. sei que alguns sabem do que estou dizendo e são justamente para estes alguns que estou escrevendo. odeio a ausência de coletividade dentro do cenário coletivo, mas é assim que está funcionando. escrevo para mim e para alguns. devem ser as minhas referências literárias. estou em momento de rever valores e talvez inclua estes também, pode deixar. não sou mais hipócrita, lembra? portanto, se alguém decidir acordar e tirar o dia para me encher o saco, esqueça. vá atrás da grama do outro vizinho porque as minhas verdades não estão mais sendo pensadas. estão sendi ditas. isso mesmo, não tenho guardado muitos desaforos ultimamente.

ninguém entendeu nada, não é mesmo? não tem problema, estamos no mesmo barco. vou praticar ali minhas decisões sem pensar nos estragos e nos acertos. obrigada por chegar até aqui.