dezembro 10, 2008

sabe, as verdades ditas no momento da raiva tendem a ser mais verdadeiras do que as outras verdades. a gente tenta apaziguar, mentalizando que esse tipo de coisa não vem do coração, que não passa de um surto psicótico raivoso que, quando dispensado de dentro da gente, é naturalmente minimizado e deixado de lado.

tudo mentira.

a gente tem mania de enxergar só as partes boas e fica correndo atrás de desculpinhas cruelmente tendenciosas só pra não encarar ela, a verdade, de frente. mascara tudo, passa a borracha e segue a vida ignorando o fato de que essa mesma verdade voltará algum dia, talvez com mais força, talvez mais verdadeira, arrasando com aquela coisa customizada que a gente produziu só pra se sentir bem.

tudo verdade.

dezembro 01, 2008

outro dia estava pensando em acabar com tudo isso aqui, mas mudei de idéia porque costumo repensar quase tudo o que decido impulsivamente. não quero hoje, mas só de raiva o meu instinto geminiano e instável por excelência fará com que eu queira amanhã. é, minha gente, eu me conheço. costumo fazer comigo quase tudo o que faço com vocês. incluindo as raivinhas e os momentos felizes. vai entender.

estava vendo a minha mais nova série favorita, brothers and sisters, e, num insight, me veio tantas coisas que eu poderia externizar. bastaria me sentar em frente ao computador e dispensar tudo no meu teclado negro (que um dia minha mãe confundiu com um mouse, mas essa é uma outra história), e pronto. estaria resolvido. mas então, eu me coloco a perguntar os porquês julianísticos e deixo tudo passar, largo de mão, esqueço e prefiro ver tevê. eu não entendo. penso que entendo de mulheres, mas é tudo mentira. entendo nada. nada. nada.

estou apaixonada. sim, estou. talvez, esta nova sensação tenha me insentado da necessidade de compactuar com meus pensamentos. eles já não são primeiros termos. é, não são. até a estratégia de adormecer se transformou numa outra estratégia, embora às vezes eu ache que tudo isso está errado. cada vez que me aventuro num repensar de relação ou na olhadela infeliz pro lado de lá ou no telefonema que está demais ou de menos... não importa. não me entendo.

enfim, não acabei com isso aqui. e nem vou acabar. um dia ou outro, alguma visita isso aqui terá. talvez, a minha. talvez, a dela. e, arrependimentos, só dos que não escrevi.